sexta-feira, 5 de abril de 2013

Meu filho não tem vontade de aprender, desinteressado e preguiçoso...


  DEPAC x Dificuldades de Aprendizagem


Se um aluno que apresenta um dificuldade de entender, não apresenta participatividade em sala de aula, quando questionado ou chamado atenção aparenta não ter ouvido, mas apresenta um exame de audição normal, é preciso ficar  mais atento com este aluno, pois ele pode ter uma “DISFUNÇÃO DO PROCESSAMENTO AUDITVO CENTRAL – DEPAC”.


Alguns alunos  com esse comportamento, que  resultando  em dificuldades de aprendizagem, preocupam os professores. Os pais pensam ter um filho que não tem vontade de aprender, desinteressado e preguiçoso, desde que nenhum exame detectou uma falha na  audição.


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DPAC X TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
O que é um distúrbio do processamento Auditivo Central (DPAC)? “É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas”; mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem. Criança portadora de distúrbio de aprendizagem tem dificuldades em vários aspectos do processamento auditivo linguístico e apresentam falhas cognitivas. É possível que comprometimentos linguísticos ou cognitivos possam ser resultantes de problemas perceptuais.
Sintomas do Distúrbio do processamento Central Auditivo (DPAC):
- Apresenta dificuldade em manter atenção aos sons;
- Dificuldade em escutar em ambientes ruidosos;
- Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;
- Dificuldade em compreender o que lê;
- Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);
- Não entende o que foi dito;
- Solicita com frequência a repetição das informações: Ah? O quê? Pode repetir?
- Dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas ou ideias abstratas;
- Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;
- Problemas de memória para nomes, datas, números...
- Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo;
- Problemas de fala (troca /L/R/S/E/CH/), principalmente os sons /R/ e /L;
- Alterações de pronúncia;
- Dificuldade em localizar a origem dos sons.
- Dificuldades com o significado das palavras;
- Inversões de letras;
- Dificuldade em associar letras do alfabeto com seus respectivos sons;
- Rendimento escolar Inferior em leitura, gramática, ortografia, matemática;
- Dificuldade em aprender uma língua estrangeira.
O que pode causar o DPAC?
- Genética, um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam características semelhantes;
- Otites frequentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida (Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastro-faríngeo estão comumente associados);
- Permanência em UTI - Neonatal por mais de 48 horas;
- Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.
Os sintomas comportamentais de crianças encaminhadas para a avaliação do PAC:
- Crianças com alteração de comportamento, de atenção e dificuldades auditivas não orgânicas.
- Crianças com suspeita de distúrbio de aprendizagem, cuja queixa é apresentada pelos pais ou professores.
- Crianças encaminhadas por apresentarem distúrbio de comportamento social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
1- CIASCA, S. M. (org.) Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, 220p.
2- MÖOJEN, S. M. P. Caracterizando os Transtornos de Aprendizagem. In: BASSOLS, A. M. S. e col. Saúde mental na escola: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Editora Mediação, 2003.
3- AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
Sites Recomendados
http://www.comportamentoinfantil.com/artigos/processamentoauditivocentral.htm
http://www.surdez.com.br/processamento.asp



































Um comentário:

  1. A mãe de um menino de 6 anos me procurou afim de obter ajuda para ensinar os deveres da escola. Ele estuda desde 2 anos e até hoje não consegue aprender as letras e os números. Como está muito difícil uma avaliação com um neurologista ele só tem podido contar comigo, a professora de ensino fundamental do segundo segmento. Amei seu blog, vou conversar com os pais dele afim de que se esforcem ainda mais na procura de especialistas.

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